Uma investigação minuciosa feita pelo Jornal Imperatriz apontou que o dono do podcast que entrevistou Assis Ramos, identificado como Josevan Santos Marques recebeu de janeiro a dezembro de 2024 mais de R$ 60 mil em salários sem trabalhar na prefeitura de Imperatriz durante a gestão do ex-prefeito.
O levantamento feito por nós no ponto eletrônico da Secretaria Municipal de Administração e Modernização onde o jornalista estava lotado como Diretor Executivo, não consta que Josevan Marques "batia ponto" durante o período em que estava lotado, ou seja, o jornalista aparecia na folha de pagamento recebendo um salário mensal de R$ 5.300 mas não aparecia para trabalhar.
Perguntamos aos servidores da Secretaria Municipal de Administração e Modernização se eles conheciam Josevan Marques e se ele comparecia para trabalhar em algum setor, porém eles afirmaram que ele nunca pisou lá para trabalhar. Elee deveria trabalhar 40 horas semanais, cerca de 8 horas por dia de segunda a sexta de acordo com o que está cadastrado no portal de transparência da prefeitura de Imperatriz.
O Jornal Imperatriz entrou em contato com o Josevan questionando sobre o caso, mas segundo ele, todos os dias comparecia para trabalhar, porém ele disse que estava nomeado e trabalhava na extinta Secretaria Municipal de Articulação Política, ou seja, nem ele sabia que estava nomeado na Secretaria Municipal de Administração e Modernização. Questionamos ele mais uma vez sobre o local que ele trabalhava, porém ele disse que só foi trabalhar na Secretaria Municipal de Administração e Modernização em novembro, o que não é verdade, já que no portal de transparência Josevan nunca foi nomeado na Secretaria Municipal de Articulação Política.
Ele disse ainda que na ocasião em que o Ministério Público esteve quatro vezes na Secretaria Municipal de Articulação Política, ele estava lá trabalhando e que tem todas as fichas que comprovam que ele trabalhou. O idealizador e um dos dono do podcast pode ser alvo de uma Ação na Justiça para devolver todo o dinheiro que recebeu dos cofres públicos sem trabalhar.
O jornalista atuou em horário de trabalho em uma emissora de TV e participou diretamente na campanha eleitoral de Mariana Carvalho no primeiro e segundo turno e ele encabeça uma lista de servidores fantasmas contratados na gestão do ex-prefeito Assis Ramos, em que recebiam salários sem cumprir carga horária no trabalho onde estavam lotados, sendo inclusive parte desses servidores alvo de investigações do Ministério Público que virou Ação na Justiça exigindo a exoneração desses servidores que foram identificados.

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