A Procuradoria-Geral da República (PGR), pediu nesta última segunda-feira (10), ao Supremo Tribunal Federal (STF), a condenação dos deputados federais Josimar Maranhãozinho e Pastor Gil, ambos do partido de bolsonaro (PL), pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa.
De acordo com a PGR, entre janeiro e agosto de 2020, os acusados solicitaram vantagem indevida de R$ 1,6 milhão para liberação de R$ 6,6 milhões em emendas para o município de São José de Ribamar, cidade da Região Metropolitana da Grande São Luís.
O pedido de condenação está nas alegações finais do processo no qual os três políticos são acusados de cobrarem propina para a liberação de emendas parlamentares. A denúncia será julgada pela Primeira Turma do STF composta por Flávio Dino, Alexandre de Moraes, Carmem Lúcia e Cristiano Zanin. A data do julgamento ainda não foi marcada.
Nas eleições municipais de 2024 para prefeito, Maranhãozinho apoiou Mariana Carvalho e a partir daí viraram aliados, inclusive recentemente a bolsonarista se filiou no partido em que o deputado federal comanda no Maranhão.
Manifestação de Maranhãozinho e Pastor Gil:
Durante a tramitação do processo, Josimar Maranhãozinho declarou ao Supremo que as acusações da PGR contra o parlamentar se "mostram frágeis e desfundamentadas".
A defesa de Pastor Gil defendeu a ilegalidade das provas obtidas na investigação por entender que o caso deveria ter iniciado no STF, e não na Justiça Federal do Maranhão. Os advogados também acrescentaram que a denúncia é baseada em "hipóteses e conjecturas".
Os advogados de Bosco Costa defenderam a rejeição da denúncia por falta de provas. A defesa afirmou ao Supremo que a acusação está baseada em "diálogos de terceiros e anotações manuscritas desconhecidas de Bosco".
